sexta-feira, 6 de março de 2009

Fazer acontecer
As vantagens

Para se posicionar no novo quadro competitivo global, Portugal dispõe hoje de novos trunfos de qualificação das pessoas, das empresas e dos territórios, que reforçam a possibilidade de se focar com resultados naquelas que são as suas duas vantagens competitivas mais fortes.
Esta dupla vantagem sustenta-se em realidades consistentes: Portugal é um país-rede num mundo em rede e é um país gerador de respostas integradas e criativas num tempo em que os conceitos inovadores são a base para as novas soluções, processos e produtos que os mercados ambicionam.
A crise global está a destruir emprego em todo o Mundo e também em Portugal. No entanto, as estatísticas e as notícias evidenciam também que no nosso país os sectores que oferecem soluções globais inovadoras e serviços de alto valor acrescentado e tecnologicamente ajustados aos clientes não só têm vindo a garantir os níveis de emprego proporcionado como algumas empresas têm mesmo vindo a aumentar os respectivos níveis de recrutamento.
A sustentabilidade e a criação de emprego no nosso país por empresas nacionais e internacionais que se posicionam nos serviços partilhados inovadores e com alto valor acrescentado constitui um sinal que não pode ser ignorado, em particular pelos empreendedores e pelos jovens que espreitam um nicho de oportunidade no mercado de trabalho.
Para triunfar é preciso capacidade de surpreender e gerar empatia. Esta fórmula tem diversas traduções e possibilidades de concretização. No que respeita a Portugal, empatia é o que decorre do nosso posicionamento competitivo como país-rede e a surpresa é o fruto do saber, do esforço e do talento resultantes do investimento qualificador que tem sido feito.
Temos uma dupla vantagem para enfrentar as dificuldades com sucesso. Conscientes disto, temos de ir a jogo para ganhar, fazendo da crise um momento de reposicionamento competitivo que seja bom para Portugal e bom para os portugueses.

Carlos Zorrinho, Coordenador Nacional da Estratégia de Lisboa e do Plano Tecnológico
06 Março 2009 - Correio da Manhã.



Pode parecer que é um discurso estéril, demagogo, matriz de um academismo saloio, recheado de lugares comuns para impressionar, ridiculo pelo artificial a que soa, mas não.
Estamos perante uma autentica lufada de ar fresco na estratégia económica, capaz de conter a solução para a crise. Este é um discurso genial pela fluidez, pela síntese plena de objectividade, pelo raciocínio mais rendilhado que janela manuelina e portador de uma linguagem clara, perfeitamente entendível pelos letrados das Novas Oportunidades.
Estes são os passos para Portugal sair do buraco. Felizmente temos Coordenadores Nacionais “iluminados” que pensam por todos nós.

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