Quem viaja de transportes públicos, arrisca-se a confontrar-se com elas. Pela eloquência dos movimentos, pelos cheiros, pelo baú, notam-se à distância.
Não são um perigo público, mas para lá caminham. Não são uma praga ainda, mas já deram muito dinheiro a ganhar a ortopedistas.
Quem são??
São!!!!!!!
AS MULHERES CREME
Sentam-se, ajeitam e abrem os seus baús. Rebuscam e buscam , por entre lenços, rimeis e lápis dos olhos, carteiras e porta-moedas, agendas telemóveis, pensos, facturas da EDP e o livro da Clara Pito Correia…e encontram a bisnaguinha de creme para unhas e mãos.
Desenroscam suavemente a tampa da bisnaga.
E depois?
Depois começa o ritual da massagem, lentamente em movimentos ritmados e lascivos.
No banco da frente um técnico especialista em colocação de tijolos, baba-se e atinge os 22-15 de tensão arterial.
Depois???
Depois vem a parte complicada. Besuntadas com aquele óleo de girassol, tocam na campainha, seguram-se no apoio do banco, no varão, no vidro, no assento. Por onde passam vão deixando um rasto de gordura peganhenta. Que nojo viajar num transporte publico depois destas caracoletas peganhentas lá terem estado…
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
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1 comentário:
Curioso seu texto
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