sábado, 25 de abril de 2009

Não há lugar para culpas...

"O Banco Privado Português (BPP) terá comercializado produtos financeiros em relação aos quais não houve qualquer tipo de investimento subjacente. Segundo apurou o Correio da Manhã junto de várias entidades, foram lançados investimentos cujo único objectivo seria angariar poupanças que serviam para pagar resgates de outros clientes do banco.”

Fonte oficial do banco afirmou não ser verdade "que tenham sido identificados quaisquer veículos comerciais sem nenhuns colaterais subjacentes". O gabinete de Adão da Fonseca reafirma que "o dinheiro dos clientes foi usado na totalidade para adquirir activos, que existem no banco".

Estas afirmações contrariam as declarações de Carlos Tavares, proferidas esta semana na Comissão Parlamentar. O presidente da Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em resposta a uma pergunta de um deputado, afirmou terem existido "transacções fictícias para alimentar veículos fictícios".

E por fim:
O ex-presidente do BPP, João Rendeiro, rejeitou a responsabilidade pelo estado do banco afirmando em Dezembro: "Não me sinto culpado, não há lugar para culpas, há lugar para uma situação financeira complexa" e ameaçou, num artigo de opinião, processar quem o comparasse à Dona Branca.

Fonte: Correio da Manhã 25-04-2009

E para terminar, eis um exemplo de justiça célere, contrariamente á vergonhosa demora da justiça portuguesa: em 8 ou 9 meses, por volta de 16 Junho 2009 haverá a sentença que determinará se Bernard Madoff será condenado a 150 de prisão pelo esquema da pirâmide financeira.

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