Histórias da Vida banal...

Comeu e bebeu sem pagar conta
Lagos: Faz de burlas um modo de vida

Quando o homem, de aspecto singular, se sentou sozinho à mesa do restaurante Cantinho do Mar, na rua Soeiro da Costa, em Lagos, nada fazia ainda prever que se tratava de um burlão reincidente, cujo objectivo era, como tantas outras vezes, comer e beber sem pagar.

Com um ar de hippie dos anos 60, uma trança no cabelo a chegar-lhe até quase ao meio das costas, pulseiras nos braços e profusamente tatuado, Mário, de 39 anos, de Santiago do Cacém, pediu uma grelhada mista de carne, regada com duas canecas de cerveja. Seguiu-se, como sobremesa, um gelado de bombom glacé. Por fim, o digestivo: um brandymel. Tudo somado, a conta ascendia a 20,25 euros. Só que, quando lha apresentaram, o homem lembrou-se que se tinha "esquecido do multibanco".
"Ele tinha um comportamento um pouco estranho, pois falava e ria-se sozinho e até se insinuou junto de três senhoras que estavam a comer na mesa ao lado, mas logo não desconfiei de nada. Enfim, nunca me tinha acontecido nada assim", disse ao CM Ana André, a empregada de mesa que atendeu o burlão, o qual chegou a tentar provar a sua identidade "através de uma tatuagem com o seu nome..."
Correio da Manhã - 31 Julho 2009 -

Quando li o título fiquei preocupado.
Seria mais um desses abomináveis crimes contra as pessoas ou propriedade?
Mas não! Sosseguei.
Fiquei mais descansado por saber que era, somente e apenas, um homem de aspecto singular, ar de hippe dos anos 60 e com uma trança no cabelo a chegar-lhe até quase ao meio das costas, pulseiras nos braços e profusamente tatuado que tinha um comportamento estranho que falava e ria-se muito e vejam lá que até se insinuou junto de 3 senhoras.
Aqui está mais uma pérola de jornalismo que tem como suporte as informações fidedignas, isentas de qualquer juízo de valor e de um rigor analítico a toda a prova de uma empregada(zeca) de mesa.

A ignorância associada ao preconceito e estupidez neste exemplo absolutamente surrealista.